Macaé, 1979
No chão, sobre a terra, projeta-se o lado sem luz de nossos corpos
nossas sombras mais imediatas.
Menos nossos, outros rastros
existem dentro das pedras: ossos (peixes, cobras, lagartos)
e conchas compenetradas.
Os homens assistem nervosos a esses restos
tranquilos imóveis largados como os astros
aparentemente quietos.
Mas de dentro das rochas
parece escapar os gritos aprisionados:
de repente corre outra vez um sangue antigo...
Passos novamente em perigo!
Ecos dolorosos resistem a um passado imenso,
caem sobre os nossos ombros fardos tão difíceis,
sinais de outros seres mais fáceis
porque sem obras,
notícias de outros seres mais sóbrios
e constantes, mais dóceis
porque sem sonhos.
Nossas sombras mais distantes, mais fósseis.
Obs.: este poema foi publicado na revista Rubedonossas sombras mais imediatas.
Menos nossos, outros rastros
existem dentro das pedras: ossos (peixes, cobras, lagartos)
e conchas compenetradas.
Os homens assistem nervosos a esses restos
tranquilos imóveis largados como os astros
aparentemente quietos.
Mas de dentro das rochas
parece escapar os gritos aprisionados:
de repente corre outra vez um sangue antigo...
Passos novamente em perigo!
Ecos dolorosos resistem a um passado imenso,
caem sobre os nossos ombros fardos tão difíceis,
sinais de outros seres mais fáceis
porque sem obras,
notícias de outros seres mais sóbrios
e constantes, mais dóceis
porque sem sonhos.
Nossas sombras mais distantes, mais fósseis.
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