Páginas

Crono de olhos sem brilho

Publicado em Poemas
Niterói, 1970


VAZIO





VAZIO



a sala está





nada se ouve
nada se mexe







VAZIO













VAZIO


(só um relógio
e meu coração)





o cinzeiro
está cheio de cinzas


não percebi o cigarro em movimento
que havia


a sala está





Há um velho devorando os filhos
sobre a mesa da sala


Crono de olhos sem brilho
afiando as foices


não fala




Obs.: este poema foi publicado na revista Rubedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário